sexta-feira, abril 22, 2005

The End… (of the Beginnig)

Num momento de lucidez recordei a primeira noite, a noite em que fui salvo por uma Sereia… Foi um beijo? Ou foi respiração boca a boca?
Não sei… mas também pouco interessa…
As Sereias nadam no mar com os Tritões… e eu não pertenço a esse mundo…
Do mar é difícil ver o que se escreve na areia… Resta-me, então, esperar que uma Gaivota sobrevoe o rasto das minhas pegadas na areia… e perceba que a única coisa que eu tenho para dar é Amor…
Tentei dar mas… é preciso Querer receber…

Começou a chover… Quando se chora por dentro o mundo chora connosco… Fechei os olhos, respirei bem fundo, avistei a linha do horizonte como se esse fosse o meu último fôlego nesta vida… e percebi que algures entre as Sereias do Mar e as Gaivotas do céu eu terei o meu espaço… aquela linha imperceptível que ora tocar a dor, ora toca o alívio…

Tu salvaste-me de mim próprio…deste-me ar quando precisei de respirar… deste-me sangue quando precisei de viver… deste-me Amor quando precisei de Sentir…
Por tudo te agradeço… o pouco ar que me deste já foi muito… muito… muito… E guardá-lo-ei na melhor parte do meu coração… a tua parte…
Beijo-te… para Sempre…