quarta-feira, março 09, 2005

Até que ponto?

Onde será que me inspiro para escrever? A que fonte vou eu beber? Quem é que me ilumina o caminho?
Independentemente de qualquer resposta, não será verdade que a ideia que nos surge só nos chega porque fomos capazes de colher um qualquer fruto que pendia sobre uma certa árvore?
Basta aproveitar… basta estar atento e saber usar, um pouco, aquilo que sentimos (com todos os 5 sentidos).
No fundo, se eu me inspiro em ti, no acto de uma pessoa, numa casa, num cão, numa flor, numa qualquer cena que passa à minha frente… de quem é o texto que eu escrevi? Meu? Teu? De todos… de ninguém?
Se não fosse uma conversa, um gesto, uma palavra, uma brisa, um olhar… será que seria capaz de escrever algo? Até que ponto? Até que ponto é que o que escrevo continua a ser só meu… ou passa a ser teu?