sexta-feira, janeiro 21, 2005

Homer Simpson

Tinha eu… sei lá, 10 ou 12 anos… quando vi um episodio dos Simpsons que me fez pensar!
Chegara a Springfield um feiticeiro, ou coisa do género, que se propôs hipnotizar a população toda… E fê-lo, à excepção do Homer! Isto porque o Homer é um ser tão imbecil que nem sabia que estava a ser hipnotizado… queria-se ir embora, adormecia a meio da sessão, perguntava-se o que é que estava a fazer a cidade toda ali em peso…

Depois disto tudo, o espanto era tão grande que o Homer foi considerado uma mente sobre-humana, um colosso psicológico, um ser super-extraordinário pois conseguiu resistir à poderosa investida do feiticeiro…

Conclusão… “Ignorance is Bliss”
Muitas vezes perguntamo-nos porque é que nós, que estudámos tanto para um exame e lemos a bibliografia toda, temos nota inferior ao colega que estudou na véspera por uns apontamentos manhosos; porque é que nós, que até cumprimos todas as regras rodoviárias, já tivemos alguns acidentes, e o colega que é «um perigo» nem multas apanha; porque é que nós, que até temos uma beleza interior imensa, não somos tão interessantes como o colega que nem é capaz de mostrar o que sente…

Talvez porque o mundo não foi feito para aqueles que realmente são os melhores, mas sim para aqueles que levam a vida mais básica, que não pensam… logo não se importam; aqueles que se moldam ao que é mais conveniente sem se lembrar do que é mais prudente; aqueles que vivem à lei do “não me chateies que agora é hora de coçar o rabo”…

Será que a mulher mais bonita do mundo é mesmo a que ganha o concurso de beleza? Não haverá outra(s) mais bonitas?
Será que o homem mais rápido do mundo é mesmo o recordista dos 100m?
Não haverá, por aí, outros talentos escondidos… rectius: perdidos?
Será que aquele que usa uma calculadora é melhor do que aquele que usa um ábaco?
Não haverá algo mais por descobrir?

In the End: Será que adianta pensar como eu penso e escrever o que acabei de escrever?